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27 dezembro 2013

Endoscopias: medo ainda retrai opção por exames

GERLLANY AMORIM para o DIÁRIO DO PARÁ em 19/12/2013.

foto: divulgação
Apesar da grande eficácia na prevenção e diagnóstico para o tratamento de diversas doenças, seja uma simples gastrite ou até hemorragias e tumores em seu estado inicial, a endoscopia digestiva ainda é vista com receio e até certo temor pela população. O médico gastroenterologista paulistano, Dr. Gustavo Andrade de Paulo diz que o medo de sentir dores ainda é o que leva pacientes a adiarem ou desistirem de realizar o procedimento. A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), alerta para a importância do exame e garante que o procedimento pode diagnosticar doenças do aparelho digestivo, até o tratamento de cânceres no estado inicial.

A estudante Dayane Lima, 18 anos, precisou realizar uma endoscopia após suspeitar de que teria adquirido uma gastrite, uma inflamação no estômago. Ela contou que depois de sedada, não lembra nada do exame e não sentiu nenhuma dor, pois a anestesia fez com que ela adormecesse. Já nos momentos em que os efeitos iam passando, Dayane disse que a reação foi tão forte que fez com que ela não reconhecesse nem mesmo as pessoas ao seu redor. A jovem ainda contou que sentiu dores na garganta após o exame. "Eu achei bom porque não senti nada, nem vi o exame. O ruim mesmo foi depois, as dores. Mas fora isso foi tudo tranquilo.", contou.
Porém, doutor Gustavo explicou que são raros os casos em que o paciente sente dores posteriormente ao exame. "O normal é dor 'zero'. O que varia de paciente para paciente é a reação aos efeitos da anestesia. Uns são mais sensíveis e demoram mais tempo para voltarem ao normal, mas em média o efeito dura no máximo meia hora", explicou.

A palavra endoscopia significa olhar dentro do paciente. Sob sedação (ou não), o paciente é examinado com um aparelho chamado endoscópio, que penetra o canal gastrointestinal para visualizar e examinar possíveis enfermidades no esôfago, estômago, duodeno e ainda, verificar alterações na mucosa. Doutor Gustavo explicou que só um profissional com registro na SOBED, está autorizado a realizar esse procedimento, mas que qualquer pessoa está apta a passar por ele. Exceto casos de pacientes que possam ter algum tipo de complicações como úcera perfurada ou tiver sofrido um infarto recentemente. No caso de detecção visível de qualquer alteração durante o exame, é feita a retirada de uma amostra de um desses órgãos para que seja encaminhado para uma biópsia. Com o passar do tempo, os aparelhos utilizados para realização da endoscopia alcançaram várias evoluções. “Hoje em dia você pode contar com aparelhos muito modernos, que oferecem imagens em alta definição, precisão no zoom e diversas melhorias”, contou o gastro.

Um exame de endoscopia pode ser solicitado a alguém que esteja sentindo sintomas de gastrite como dor, sangramento pela boca ou pelo ânus, emagrecimento etc. O exame tem duração de dez minutos e a recuperação dos efeitos da anestesia, de no máximo 30, dependendo da sensibilidade do paciente.

Proibido, 'andador' para crianças segue no comércio

GERLLANY AMORIM para o DIÁRIO DO PARÁ em 19/12/2013

Foto: divulgação
Não é de hoje que mães discutem com opiniões contra e a favor do uso de andadores infantis para auxiliar nos primeiros passos dos filhos. A discussão virou ação civil pública, ajuizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), contra fabricantes do objeto, também popularmente conhecido como "anda-já", que com o pedido aceito pela Justiça gaúcha, torna então proibida a comercialização do produto em território nacional. A SBP divulgou ainda, que segue em campanha pelo banimento moral do produto, ou seja, que a sociedade se convença de que andador é prejudicial à criança e, assim, pare de consumi-lo. Em agosto desse ano, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), testou dez marcas de andadores disponíveis no mercado brasileiro, de fabricação nacional e importada. As reportagens tiveram repercussão nacional e o espantoso resultado de 100% de reprovação de todas as marcas. Isto inclui aquelas que já eram certificadas pela norma europeia vigente, usada pelo instituto nos testes, já que não há uma certificação brasileira. No entanto, estas marcas representam mais de 90% do mercado de andadores. 

Sem se identificar, o DIÁRIO percorreu algumas lojas que comercializam produtos da linha infantil. Em uma delas, especializada na venda exclusiva de produtos para crianças, o andador foi facilmente encontrado. O vendedor foi gentil e mostrou uma variedade de marcas. Os preços variavam de bem “em conta”, até um que chamava atenção por custar o dobro valor do primeiro. "Por que esse é tão caro?", questionou a reportagem ao vendedor. "Porque é o mais famoso, da melhor marca", explicou. Insistindo ainda na questão, perguntamos ao vendedor se estava previsto de chegar mais peças do produto. O vendedor desconversou e explicou "por enquanto não, mas temos mais no estoque, se você quiser eu mostro", ofereceu sem explicar o motivo de não terem previsão de reposição de estoque. Em mais três lojas de variedades, que também possuem um departamento infantil, já não encontramos mais andadores. Questionados, os vendedores diziam que não tinha, mas em nenhum momento explicavam o motivo. Um deles até defendeu: "Acho que deve estar chegando ainda esse mês".

PROVIDÊNCIAS - Após o insucesso dos testes nos andadores, o Inmetro solicitou à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a elaboração de normas para o aparelho. Depois de concluídas, provavelmente no final de 2014, o órgão vai criar um selo de qualidade que será exigido dos fabricantes para que os andadores possam ser comercializados. De acordo com o instituto, requisitos como travas para evitar tombos e um manual com informações sobre montagem e uso seguro dos andadores estarão contemplados no regulamento. A certificação integra as ações do instituto para segurança infantil, que ainda lidera o ranking de relatos do Banco Nacional de Dados de Acidentes de Consumo, com 14% dos casos. Itens como brinquedos, cadeirinhas de automóvel, mamadeiras, chupetas, carrinhos de bebê, cadeira alta para alimentação e berços são alguns produtos já certificados pelo Inmetro e que só podem ser comercializados no Brasil com selo de qualidade.

15 dezembro 2013

Aplicativo que faz caricaturas perfeitas vira febre na internet

GERLLANY AMORIM para o blog
FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM


Basta abrir o seu perfil no Facebook, que é fácil se deparar com a caricatura de um amigo ou amiga postado no feed. A mania de confeccionar um desenho com corpos em diversas situações e o rosto do usuário em traços perfeitos encaixado na imagem, tomou conta dos internautas e está sendo cada dia mais baixado em smartphones que possuem sistemas android e iOS. O "MomentCam" extrai as formas do rosto da pessoa através de uma foto fornecida por ela, produzidas na hora ou já existente no álbum do celular. Ao carregar a imagem, o usuário possui diversas opções de edição, para deixar o desenho mais familiar ao seu estilo. Ao todo são mais de 50 tipos de caricaturas feitas para deixar os usuários nas situações mais absurdas, como, por exemplo, em um banho de banheira, em poses sexy ou em algumas cenas clássicas de filmes de Hollywood e ao lado de artistas internacionais. Ao se sentir satisfeito com o resultado, a aplicativo permite inserir a assinatura manuscrita com os dedos e em seguida ser salva no álbum ou compartilhada diretamente em diversas redes sociais.

14 dezembro 2013

Casarão histórico desabou no centro de Belém

GERLLANY AMORIM para o DIÁRIO DO PARÁ em 09/12/2013

O trânsito está complicado na estreita Rua Carlos Gomes, bairro da Campina, bem no centro comercial de Belém. Uma montanha de entulhos ocupa metade da via, enquanto do outro lado carros interditam praticamente outra metade, estacionados. Os entulhos são restos de um casarão histórico, um dos monumentos característicos dessa área da cidade, que desabou na noite do último sábado, 7. O único morador, um catador que habitava o casarão por não ter maiores condições, não foi prejudicado graças a um pequeno cômodo com cerca de 9m², que construiu aos fundos, por segurança. No momento da ida de nossa equipe ao local, o homem não estava, mas os vizinhos contaram que ele continua habitando o lugar e foi alertado pelos amigos para que não saísse do seu quartinho no momento do desabamento. Foi então que chamaram os bombeiros.
O sociólogo e antiquário, Alcindo Fernandes, mora nas proximidades do casarão desde a infância, ao ver nossa equipe chegar ao local, logo se aproximou para deixar seu lamento pelo ocorrido. “É uma pena, sempre observei esse casarão, e penso e patrimônio histórico tem que ser conservado. Devemos manter viva a memória cuidando dos nossos monumentos, mas não foi feito, por isso aconteceu isso. Casa nenhuma cai sozinha. Só cai quando o dono abandona!”, lamentou. Outro morador próximo, que não quis se identificar, também demonstrou revolta pela situação do imóvel. “Patrimônio tem que ser respeitado! Isso pra mim foi puro descaso”, disse e seguiu andando apressado, resmungando inconformado com a situação, mas não deixou de fazer o desabafo.
Ainda ontem à tarde, o casarão permanecia do jeito que ficou quando desabou, atrapalhando quem transitava por ali. Nem mais a calçada podia ser vista por conta de tanto entulho espalhado. Um ônibus coletivo teve que fazer “malabarismo” para passar entre os entulhos e uma carreta estacionada. Metade das rodas passou em cima dos escombros e o ônibus ficou bastante inclinado.

O DIÁRIO entrou em contato com o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, pois a informação é que o casarão seria tombado pelo instituto. A assessoria confirmou o fato e informou que vai mandar nota para explicar o que será feito a partir de agora. A Defesa Civil também foi procurada, mas até o fechamento dessa edição, não conseguimos o contato por telefone.

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